quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O Significado do Termo Parábola


  • No AT a palavra hebraica traduzida por parábola é mashal, que significa provérbio, analogia e parábola. Com ampla gama de empregos, essa palavra “cobre diversas formas de comunicação feitas de modo pitoresco e sugestivo — todas aquelas em que as idéias são apresentadas numa roupagem figurada. Em virtude de sua aplicação ser tão variada, encontra-se na versão portuguesa diferentes traduções”. A idéia central de mashal é “ser como” e muitas vezes refere-se a “frases constituídas em forma de parábola”, característica da poesia hebraica. O vocábulo nunca é usado no sentido técnico e específico de seu correspondente neotestamentário.
    Pode ser encontrado no discurso figurado de Balaão:

    Então proferiu Balaão a sua palavra... (Nm 23:7,18; 24:3,15).
  • No Novo testamento, o termo “parábola” assume uma variedade de significados e formas, sem se restringir às longas narrativas dos Evangelhos que conhecemos como parábolas de Cristo. Há no grego duas palavras traduzidas por “parábola”. O termo mais comum é parábola, que ocorre 48 vezes nos evangelhos sinópticos sem nunca encontrar definição. O seu significado só se pode conjecturar, tendo sido aproveitado da Septuaginta, que geralmente traduz o vocábulo hebraico “parábola” por parabolé.

  • O outro vocábulo traduzido como “parábola” é paroimia, que significa “adágio, ditado enigmático, provérbio, apresentação que se distingue dos meios normais de comunicação”. Esse termo é praticamente próprio de João, que o usa quatro vezes (Jo 16:6-18,25; 15:1-18). Esse apóstolo nunca usa o primeiro termo, parabolé, que é o único dos dois usados por Mateus, por Marcos e por Lucas. Paroimia, usado na Septuaginta e por João, denota um provérbio (ou parábola) “tirado dos acontecimentos e objetos do dia-a-dia, disponível para o uso público e para esse fim destinado. O que se dizia uma vez em qualquer caso poderia ser repetido sempre nas mesmas circunstâncias”.
Onde se encontra todas as PARÁBOLAS DE JESUS CRISTO:
  • O administrador desonesto (Lc 16.1-9);
  • O amigo importuno (Lc 11.5-8);
  • As bodas (Mt 22.1-14);
  • O bom samaritano (Lc 10.29-37);
  • A casa vazia (Mt 12.43-45);
  • Coisas novas e velhas (Mt 13.51-52);
  • O construtor de uma torre (Lc 14.28-30);
  • O credor incompassivo (Mt 18.23-35);
  • O dever dos servos (Lc 17.7-10);
  • As dez virgens (Mt 25.1-13);
  • Os dois alicerces (Mt 7.24-27);
  • Os dois devedores (Lc 7.40-43);
  • Os dois filhos (Mt 21.28-32);
  • A dracma perdida (Lc 15.8-10);
  • O fariseu e o publicano (Lc 18.9-14);
  • O fermento (Mt 13.33);
  • A figueira (Mt 24.32-33);
  • A figueira estéril (Lc 13.6-9);
  • O filho pródigo (Lc 15.11-32);
  • A grande ceia (Lc 14.15-24);
  • Jejum e casamento (Lc 5.33-35);
  • O joio (Mt 13.24-30,36-43);
  • O juiz iníquo (Lc 18.1-8);
  • Os lavradores maus (Mt 21.33-46);
  • Os meninos na praça (Mt 11.16-19);
  • A ovelha perdida (Lc 15.3-7);
  • O pai vigilante (Mt 24.42-44);
  • A pedra rejeitada (Mt 21.42-44);
  • A pérola de grande va (Mt 13.45-46);
  • Os primeiros lugares (Lc 14.7-11);
  • A rede (Mt 13.47-50);
  • O rei que vai para a guerra (Lc 14.31-32);
  • O remendo com pano novo (Lc 5.36);
  • O rico e Lázaro (Lc 16.19-31);
  • O rico sem juízo (Lc 12.16-21);
  • O semeador (Mt 13.3-9,18-23);
  • A semente (Mc 4.26-29);
  • A semente de mostarda (Mt 13.31-32);
  • O servo fiel (Mt 24.45-51);
  • Os servos vigilantes (Mc 13.33-37);
  • Os talentos (Mt 25.14-30);
  • O tesouro escondido (Mt 13.44);
  • Os trabalhadores da vinha (Mt 20.1-16);
  • O vinho e os odres (Lc 5.37).


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